terça-feira, 23 de novembro de 2010

O PRAZER DA SABEDORIA, COM SABOR NA APRENDIZAGEM

Muitas pessoas se dedicam a acompanhar o desenvolvimento científico por interesse pessoal por prazer, na literatura de divulgação, na imprensa diária, na internet nos museus de ciências. Nem todos os que colecionam e classificam rochas, folhas e flores são geólogos ou botânicos; nem todos os observadores e criadores de pássaros ornitólogos.

Há também quem acompanhe, como lazer, a evolução de alguns ramos da tecnologia, como a eletrônica, a robótica ou a informática, com a mesma dedicação com que outros se dedicam à música clássica, ao jazz, a animais de estimação ou à jardinagem.

Esses interesses específicos são uma escolha pessoal, determinada por características individuais, pelas condições materiais e culturais de cada um, ou pelas influências que recebe.

Nós seres humanos, que interferimos em todas as outras formas de vida, somos partes inseparável da biosfera, pois não existiríamos sem esse complexo sistema de interdependência da vida, cuja enorme diversidade mantém uma base bioquímica comum, todos os seres se integram nessa rede, tomando parte em cadeias alimentares originárias de organismos que produzem seus nutrientes por meios da energia solar. É um sistema de cadeias naturais, que alteramos, plantamos ou criando o que comemos.

Para garantir qualidade de vida às populações humanas será preciso reconstituir, de alguma forma, ambientes naturais, que não se resumam a aço, plástico, asfalto e concreto. Para tanto, será preciso que se revitalizem os rios contaminados pela poluição industrial ou agrícola. E também que se reverta a impermeabilização dos solos urbanos, se recomponha a cobertura vegetal, para que ar e água tenham de novo uma composição aceitável.

Portanto não podemos ignorar os notáveis avanços nas ciências médicas e agropecuárias, ou mesmo a capacidade de manipular a base molecular da vida, mas fazendo uso desses conhecimentos para uma ação mais responsável. Mais do que tudo, a pretendida qualidade de vida humana depende de se incluírem aqueles que ainda estão fora do circuito de benefícios  trazidos pela ciência e pela tecnologia.

Contudo é preciso considerar, no entanto, que uma visão de mundo científica geral, mesmo como essa apresentada de forma breve e necessariamente incompleta, constitui, ao final da educação básica, um ponto de partida para se apreciar a rápida evolução do conhecimento e viver os desafios sociais, produtivos e ambientais da vida comteporânea.

Assim podemos concluir que é um desafio para educação brasileira, lado a lado com a formação nas ciências humanas e linguagens em geral. apresentar uma visão ampla do mundo científico-tecnológico, assim como promover o domínio das muitas linguagens da ciência e desenvolver competências para, com os conhecimentos científicos, enfrentar problemas reais.
O desafio do professor é descobrir os temperos que dão o sabor no ensino.     
Fonte. Conquista e conflitos da sociedade tecnologica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário